Abaixo de 50 Paus na Prem1um

Estive semana passada na Prem1um Wines a convite do Orlando Rodrigues para provar os vinhos da Fox Wines e rever o traquejado e competente enólogo Sergio Reyes.

O Sergio no passado foi sócio do Alvaro Spinoza, o primeiro enólogo sul americano a produzir vinhos biodinâmicos, o que por si só já é para mim grande referência.

Hoje o Sergio produz uma linha de vinhos chamada Quereu, nome em Mapuche para um pássaro comum em vinhedos.  A notícia boa é que os vinhos são super gostosos e sem passagem por madeira.

O Sergio Reyes, que sabe tudo de enologia optou por fazer vinhos simples bem feitos. Adorei. como se sabe, com os problemas que os importadores têm enfrentado no mercado atual, com um câmbio maluco, uma crise enorme política e econômica, perda de renda dos consumidores, você tem que se adaptar ao mercado e procurar vinhos mais em conta para não perder consumidor.

Tenho ouvido de vários importadores, que o consumidor de vinho não parou de gastar com vinho, ele apenas mudou de faixa… Ele ainda gasta o mesmo dinheiro, mas compra vinhos mais simples. A Prem1um que tem seu portfólio de modo geral, voltado para categorias superiores, apressou-se em encontrar boas alternativas para seus Clientes e achou.

Veja o Orlando Rodrigues falando do produtor, do vinho e do preço:

Os vinhos têm alguns atributos que aprecio, principalmente para o consumidor comum que busca apenas prazer no vinho:

• É abaixo de 50 Paus.
• Tem tipicidade, é quase didático.
• Não passa por madeira
• Não tem exageros, são frescos e elegantes.

De saída já perguntei ao Sergio Reyes por que ele não envasa em Bag-in-Box. ele ficou um pouco surpreso e me perguntou por que. Expliquei as vantagens para o consumidor cotidiano, para quem bebe uma taça por refeição, para churrascos e festas, para vinhos em taça em restaurantes, etc., ele entendeu e ainda ponderou o que se passa em outros países com estas embalagens e falou também dos seus vinhos, veja:

Eu elogiei os vinhos por seu frescor e por não passar por madeira e ele usou uma analogia interessante. Disse:  ” Acho que já passamos essa fase de exageros com vinificacões, você não pode colocar uma mochila de 20 quilos nas costas de uma criança…” Adorei, figura de linguagem perfeita.

Meu predileto foi o Cabernet Sauvignon, mas todos são muito gostosos. Recomendo.

Aproveitando o momento e as conversas sobre cambio, perguntei ao Orlando, como é que ele fazia para precificar seus vinhos em relação ao dólar. Veja o que ele disse, importante você saber…